O conceito da Clinica da Família foi elaborado pela Prefeitura do Rio como um novo modelo de saúde, diferente de tudo o que até então existia. A ideia de concretizar uma arquitetura mais humana, preenchida por luz e ventilação natural, além de racionalizada e economicamente viável, tornou-se decisiva na elaboração do Projeto. O principal desafio do projeto era a criação de um sistema construtivo modular que se adaptasse a qualquer tipo de terreno. Dentro dessa variável havia ainda a necessidade de uma construção rápida, sustentável e de fácil manutenção, que oferecesse não só conforto aos usuários e aos profissionais de saúde, mas uma nova maneira de intervenção. Este projeto foi elaborado quando Jozé Candido era funcionário da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
A contemporaneidade do projeto é destacada através da utilização de materiais industriais, da adoção da sustentabilidade, da agilidade e baixo custo. Para esta particular arquitetura vítrea, aberta, concebeu-se um conjunto de módulos que se articulam, numa lógica de revelação e de ocultação, com a escala e a natureza particular de cada sítio.
O sistema modular, em estrutura metálica, é construído sobre um radier revestido com piso industrial de alta densidade e elevada resistência à abrasão e a impactos. Na vedação é utilizado placas de aço com isolamento termoacústico, panos de vidro e brises.
A presença do jardim interno permite a ventilação cruzada natural em todos os compartimentos da Clínica bem como a insolação em todas as circulações minimizando a iluminação artificial nas áreas comuns - ele atua como mitigador do calor e da superfície impermeabilizada.