“A inquietude para criar algo concreto logo no início da faculdade era tão angustiante que ainda no terceiro ano já vislumbrava a possibilidade de construção de minha própria casa. Abandonei a possibilidade de morar num confortável e pronto apartamento por uma troca de um terreno, naquela época bem distante de tudo, mas a possibilidade de concretizar a minha casa era mais importante, e assim comecei o projeto e a construção. Só que os recursos eram muito poucos, e teria de simplificar e racionalizar tanto o projeto quanto a construção, de forma que uma pequena e essencial parte possibilitasse a minha mudança.
Assim foram os meus primeiros passos onde aprendi o que era arquitetura, e vendo a importância de saber fazer uma arquitetura com todos os seus detalhes proporcionando uma facilidade na execução.
Quando me mudei, minha casa estava totalmente em obra e assim convivi por mais sete anos, transformando tudo que sobrava de dinheiro em tijolo, ferro, tinta e nos mais diversos tipos de materiais de construção. Aprendi uma das primeiras lições, casa de arquiteto nunca acaba... E assim foram por mais 25 anos.”